Desarme-se e cresça!
Mesmas armas, mesmo estilo de luta. Não há nenhuma nova técnica. Não há nenhuma nova arma em seu arsenal. Orgulhando-se de suas antigas vitórias, e de seus velhos erros que o fizeram crescer. E fala com orgulho de sua glória residual. Olhando para trás, lança injuras contra suas antigas falhas. Suas mágoas antigas. É como desejar que a água da cachoeira volte por onde veio. É como apagar um charuto e esperar que ele se torne novo. Como retirar a bala do corpo e desejar nunca ter atirado. Desarme-se e cresca! Seja o eterno aprendiz. Banhe-se em novas águas, o saber é eterno. Falhe! Tenha êxito em algo de novo. Construa novamente sua glória. Construa novamente seus muros, suas fortalezas... Elas serão derrubadas novamente e virão ainda mais ondas. Lance ao mar seu barco, e veleje. Naufrague e nade. Ilhado em seus próprios medos, reerga-se. Mate os leões de sua própria cova. Seja o gigante uma vez pra esquivar da pedrada. Mude o curso. Mude frequência. As águas da cachoeira não voltarão, e não pararão de cair. Encare isso, e siga o fluxo continuo de água. Caia no mar, nade, e não morra na praia. Atire, e mate. E não espere a bala voltar.