ESCRAVIDÃO SUBJETIVA

PENSO NA REALIDADE DE CADA DIA

NO TORPOR ABSORVENDO A VIDA.

SÓ O RABISCO DESFIGURADO DA POESIA

AS OBRIGAÇÕES DE CADA DIA E MAIS NADA.

PENSO NA ESCRAVIDÃO SUBMETIDA

E DEPOIS...DEPOIS...PENSO...PENSO.

OLHO PRA DENTRO E NUM MOMENTO DE LUCIDEZ

VEJO CLARAMENTE A NOITE ASSOMBRANDO O DIA QUE SE FOI.

QUERO O QUE EXISTE EM SI MESMO

SEM TER DE NEGAR A EXISTÊNCIA IDEALIZADA.

QUERO A DETERMINAÇÃO SENSÍVEL DAS POSSIBILIDADES

SEM ESSA IMAGEM TRANSFIGURADA DO HOMEM

SEPULTANDO SEUS SONHOS...

RECOLHENDO INCANSÁVEL,COISAS QUE DEIXOU PRA TRÁS.

QUERO NÃO APENAS A SENSAÇÃO DO DEVER CUMPRIDO

ESSE INOPORTUNO VAZIO EXISTENCIAL

NEM O QUE RESTOU DA LIBERDADE

TÃO POUCO RECONHECIDA

MENOS AINDA ASSUMIR ESSA DÚBIA E CRUEL MODALIDADE

DE ESCRAVISMO SUBJETIVADO.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 23/02/2017
Reeditado em 23/02/2017
Código do texto: T5921888
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