Neguinho

Hoje se olha no espelho e não vê mais nada.

Ah não ser o olhar daquele menino,

Que fazia tantos planos para sí próprio e sua família na quebrada.

Hoje acorda com um semblante frio no rosto.

Mas com um sorriso amarelo, vai tentando disfarçar aquilo tudo que ninguém viu.

E se viu, deixou passar sem se quer lhe dá a mão.

E se deu, foi apenas para sí levantar do chão.

E acha ele ser melhor assim, pois ninguém se importa mesmo com a vida de um "neguinho".

E não se importara por ser diferente dentre tanta gente.

Pois ninguém vai tirar sua força de vontade, nem manchar de ódio o seu coração, que é puro e transparente.

E é assim aos trampo e barrancos,

Que esse neguinho toca sua vida em frente.

Sem frescura, mimimi, sem pisar em ninguém

Sendo quem sempre foi.

Um neguinho.

Acordando cedo, dormindo tarde,

Indo para a escola, voltando do trabalho.

batendo futebol, jogando a toalha.

Neguinho; assim o chamavam!

_ Quem ele era?

Um cara que tinha todos os motivos do mundo para chorar. Mesmo assim, mantivera o sorriso estampado na cara!

Denison Sousa
Enviado por Denison Sousa em 18/02/2017
Reeditado em 19/10/2017
Código do texto: T5916503
Classificação de conteúdo: seguro