As ruas
As ruas não tem culpa do que acontece
com o mundo,
Elas acolhem os nossos passos,
escutam os nossos murmúrios causados
pelo temor à violência urbana...
As ruas permanecem
com os seus braços abertos
sempre,
À nos conduzir à outro destino,
E nos acolhe quando retornamos,
vencidos ou vitoriosos.
Ela assiste o vento soprando,
levando a poeira,
varrendo sonhos feito folhas secas,
Ela é o espelho do nosso rosto
cansado...
Depois, ela se ilumina ao luar
e deita com a gente para sonhar.
Porque como nós, o seu destino é ser,
É existir olhando a vida acontecer.
- Liduina do Nascimento
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