MENTE ABERTA
“Tudo é uma questão de manter a mente aberta, a espinha ereta e o coração tranquilo...”
Assim diz a canção. É exatamente assim. Se você se permitir só por um instante pensar diferente, abrir a sua mente; verá que um novo mundo vai surgir, logo ali. As coisas mudam o tempo todo. No instante em que escrevo esse texto, por exemplo, milhares de células abandonam meu corpo, morrem mesmo. É assim, é normal. Nada dura para sempre e o “pra sempre, sempre acaba”. Hoje estou no clichê das músicas. Então, para quê tentar cristalizar os sentimentos, os pensamentos e tudo mais. Largue essa insegurança e tente abrir-se um pouco mais. Erga a cabeça e olhe para cima: as nuvens em pleno movimento encobrem o céu e em instantes a chuva cai. O tempo está passando, logo você também estará ultrapassado e ponto final. Por isso, não perca a oportunidade, abandone já esse pensamento limitado e permita-se ver de outra forma o que viu igual até agora. Tudo bem, aceitar é uma palavra muito forte, eu sei. Vá devagar, então. Não aceite, mas não rejeite. Permita-se observar, compreender o outro lado, mudando a perspectiva do seu olhar. Tudo é uma questão de ponto de vista. Pense: se alguns expoentes da ciência, da filosofia e da história não se permitissem pensar diferente, estaríamos ainda nas cavernas, olhando as sombras na parede com medo da luz do sol. Tudo bem, não aceite. Mas, não rejeite! Pare apenas e espreite. Lembre-se: “tudo o que é sólido desmancha no ar” Imagine, quantas vidas salvas por suas mãos, basta dizer um “não”. Quanto sangue inocente derramado por falta de ver o outro lado. Seja você o primeiro e contagie o mundo inteiro. Mostre que é possível divergir sem magoar ou ferir. Nade contra a corrente. Vá pela contramão! Eles são ovelhas a caminho do matadouro. Não pensam, não tentam, não agem. Não sabem o que é ser diferente, nem têm o pensar divergente. Assimilam tudo igual, deglutindo mal e mau. Caminhando sempre reto no passo que não detêm; não imaginam à frente os vieses que a vida tem. E logo à frente o abismo um por um vai engolindo. Liquidando o que não foi e o que nunca devia ter sido. Salve-se a si mesmo, assuma o seu “não sei”, pois a verdade sempre muda e torna-se verdade outra vez.
Adelaide de Paula Santos em 14/02/17, às 22:20, terça-feira.
P.S.:
Li duas notícias tristíssimas sobre Misoginia e homofobia. A intolerância fazendo vítimas em todo lugar. Quando compreenderemos que sem tolerância nunca viveremos em paz?