O viver é o agora

Pode-se afirmar que é muito mais lucrativo olhar com bons olhos para certos acontecimentos (não estou falando de utopia, ou fugir da realidade), do que só produzir desgraça através de nossos atos e palavras, pois, acreditando ou não, quem planta erva daninha não pode colher bons frutos, ou seja, quem só faz, fala ou pensa coisas ruins, só atrairá algo desse tipo.

A vida é uma viagem, com passagem só de ida. Há quem diga que ela não vale; há quem luta para viver. E tudo que morre continua vivendo na lembrança, e esta última tem vida eterna. Não levamos perguntas e respostas dessa vida, mas sim nossos momentos, nossa memória, e deixamos nosso legado. Planejar-se é importante, mas o fundamental é viver o momento, pois não sabemos o que vai acontecer daqui a um segundo.

Viver intensamente como se o amanhã não existisse. O amanhã, o futuro é um mistério. O passado, sua história. O que sobra e é realmente relevante é o presente, que é um presente de deus para cada um de nós.

Nesse contexto, a esperança não é a última que morre, pois ela não pode morrer. Caso ela morra, a vida não tem mais sentido, pois enquanto há vida, há esperança. Mas, com tudo isso, alguém pode perguntar: Qual o sentido de viver, se sabemos que um dia vamos morrer? Se deus pudesse explicar o sentido da vida, poderíamos nos conformar. Porém, deus é uma teoria. Você acredita ou não.

Sabemos que a única certeza da vida é a morte e, enquanto ela não chega, porque não aproveitar a vida com toda a intensidade, e deixar os porquês e questionamentos para um outro momento, quem sabe, para uma outra vida.

Os antigos egípcios, por exemplo, não distinguiam a vida real da sobrenatural. Para eles, uma era continuidade da outra, apenas uma passagem. Daí a importância da mumificação, entre outros rituais.

Há explicação para a razão, porém, não para a emoção. Pois o coração sempre arrasa a razão. Isso não é ser conformado, mas sim racional, pois a partir do momento que deixo de viver a vida para procurar e não encontrar certas respostas, perto fico de conjugar o verbo ignorar. Ignorar minha existência.

Bom, mas cada um tem o seu ponto de vista. Então, cada um que encare a ilusão de sua óptica, pois às vezes os olhos dizem sim, e o olhar diz não. Ou seja, cada um acredite no que quiser, ou acredite em nada, seja você crente na ciência, ou ateu procurando deus. Mas em um ponto todo mundo se converge: nascemos, vivemos e morremos, independente de nossas religiões, ideologias, raças, status social e outras coisas.

Somos todos iguais, porém uns mais iguais que os outros, e não sabemos por que razão essa igualdade se desfaz. Ou sabemos?

Cadu de Souza
Enviado por Cadu de Souza em 14/02/2017
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