Viro Gardênia a lâmina da “A Temperança” e não abro o seguinte Arcano
Do livro "Gardênia" de Carlos Giralt Mercaus Filho
Viro Gardênia a lâmina da “A Temperança” e não abro o seguinte Arcano , minha mão não está neste plano, sorria Gardênia pois a mão que move as lâminas do Tarô não está mais fisicamente entre nós, e meus pensamentos são jogados para a Urupema ao meu lado que virado os cauris falam de teus segredos, como se o teu próprio olhar tentasse esconder a transparência de tua alma. Não consigo mover meu corpo Gardênia mesmo por que estou olhando para ele neste momento aqui do lado dele e do outro zelando pelo teu sono cuida também de teu caminhar , a estrada não é curta e nem estreita, mas a sim corredores oblongos e são neles que lhe estendemos as nossos mãos , sorria Gardênia pois nunca estará sozinha, mas lembre-se que quando caminhares em qualquer lugar deste plano ou de outro não deixe de dar nem que seja um sorriso para quem têm mais lágrimas a chorar pelo que ainda não entende e nem compreende os porquês. Um beijo na alma Gardênia e não beba das taças vazias que te são estendidas...