Medo
O maior medo do homem não se esconde na escuridão, nem na floresta, nem nas sombras, só é visível a olho nu quando o assunto é o coração
O seu maior medo é como uma dança apaixonante
Vai flertando, vai flertando com o perigo, feito o caso de dois amantes
É como uma estrada insinuante, por onde o seu "eu" segue incessante
E ao fim da estrada fatalmente o encontrará, braços abertos e olhar profundo, nem o tentes evitar
Mas se por um só momento baixas a guarda, seu medo vem de encontro a ti
Talvez mais cedo que o esperado, e com você passe a seguir
E nada mais encontrará ao chagar no fim da estrada, ninguém espera acompanhar quem já vem sendo acompanhado;
Talvez teu medo lhe acompanhe, ou talvez tu sigas sozinho
Mas ninguém sabe se o medo da estrada é o mesmo medo do fim do caminho.