Democratizar o eu

Vivemos numa falsa democracia, não pela pouca participação em decisões governamentais, mas sim pela nossa falta de empatia, pela nossa dificuldade em compreender as necessidades alheias.

Parte deste cenário, pode ser explicado pela carência de um simples elemento em nossa sociedade, a autoavaliação, situação em que deveríamos nos questionar sobre nosso real papel atuante no meio político social de uma coletividade.

Numa época onde os macro escândalos midiáticos ganham vulto nos diversas meios de propagação de informações, esquecemos de realizar um julgamento interno, o que impossibilita que possamos perceber o quão frágil somos nas questões cívicas e morais.

Diversas são as justificativas para atitudes fora da licitude convencional, encontramos sempre o maior erro na outra pessoa ou nos outros grupos, criando assim uma bolha que isola as atitudes ilícitas que realizamos.

Sempre o erro externo será maior, sempre a mão pesará mais para o lado oposto, nossa fraude no imposto de renda, nossa compra de votos, nosso estacionar em local proibido, nosso cruzar o sinal vermelho, nosso dirigir “levemente embriagado”, enfim, nossas atitudes que julgamos como pequenas incorreções, sempre estarão num patamar inferior de julgamento próprio.

De nada adianta a palavra proferida de forma correta e sólida, mas que não está embasada por nossas atitudes cotidianas, devemos compreender nossas necessidades, para então entendermos a necessidade do próximo, possibilitando um convívio harmônico e salutar. Somente através de atos empáticos e solidários, poderemos vislumbrar uma experiência realmente democrática.

Ânderson Gonçalves Vasconcelos
Enviado por Ânderson Gonçalves Vasconcelos em 08/02/2017
Código do texto: T5906043
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