Fechemos os olhos...
Algo assim...
Bem próximo...
Quando então finalmente...
Nossos olhos...
Em sincronismo...
Se abrirem...
E nosso olhar se encontrar:
Não queiras ver...
Nos meus olhos...
Além do que fui e sou.
Pois, estarei vendo nos seus...
Tão somente...
O que fostes...
E és para mim.
E então...
Vagarosamente...
Docemente...
Tornemos a fechar os olhos.
Nossa boca tal qual nossos olhos;
Nada mais poderão dizer...
Os olhos por fechados estarem...
E nossas bocas?
Ah!!!
Nossas bocas...
Ocupadas em beijar (sofregamente).
Deixe que meu toque suave...
Atinja o seu ser...
E você carinhosamente...
Retribua a minha carícia...
Com a imaginação...
Que lhe é peculiar.
Que nosso corpo...
Fale por nós...
Seja nosso porta-voz...
Não com a eloqüência...
De um orador...
Isso não...
Mas com sussurros...
Serenos...
Quase inaudíveis.
Imaginaremos então...
Um jardim perfeito...
Onde caminhamos...
Por entre rosas...
Onde és a mais bela...
Dentre todas.
E no calor do amor...
Quando então...
O clímax chegar...
No seu fulgor...
E nos fizer esquecer...
A doce dor do amor...
Teremos o mais perfeito dos jardins...
Ao fim dessa meiga caminhada...
Mais até...
Que o perfeito jardim...
Por nós, outrora imaginado.
Algo assim...
Bem próximo...
Do Paraíso!!!
Fiquemos, pois...
De olhos fechados...
Calados...
Para então nos encontrarmos...
Meu grande amor!!!!
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