Por onde anda a lua?
Há noites onde a lua não quer brilhar. Olhamos para o céu, de lado a lado, buscamos por todo canto um brilhinho que seja. Mas nada. Nenhum resquício da luz que tanto inspira e alegra o coração dos poetas, amantes, sonhadores... Nada!
São noites assim que me levam a pensar, a meditar, a imaginar. Paro então, e olho para mim mesma. Refaço meus caminhos, revejo meus conceitos. Faço a “faxina” e deixo a “casa” em ordem, talvez ainda em busca da lua que no céu não brilhou.
No céu, apenas a noite com seu negro manto a cobrir o mundo. Como pode o negro da noite ser assim tão escuro? Para onde vão as estrelas, todas elas, senão para o céu onde devem iluminar o caminho de andarilhos noturnos, buscadores de sonhos e de vida?
Termino minha faxina, já não há mais nada para pensar... Apenas um resto de sonho ao qual me agarro esperando ver nele um pouco da lua que no meu céu já não brilha mais...