Teatro de Sombras

O país é pobre, é pobre o povo

O povo pena mas não para. O PIB é pouco.

O Pré é sal, o pós não se sabe.

Não se sabe por quê? Pois a resposta paira no ar

Apenas pra quem pode, e nem sempre querer é poder.

O poder pode tudo, porém não pode parar o mundo

implacável para muitos, paciente e passivo para poucos.

O pioneirismo do problema pode parecer bobagem

pra mim, pra você, pra quem mais puder ouvir.

Porém, posso pensar que tudo faz sentido

até mesmo essa pequena e pacata mensagem

que para muitos é coisa de sem juízo.

Pra alguém, eu espero, alertar sobre o perigo

iminente para alguns, ausente para os que não pensam comigo,

que pedem passagem para o esconderijo

do abismo da ignorância.

Pois na ciranda da vida a mesma mão que me afaga

pode ser a mesma que me afoga.

Mas...atire a primeira pedra quem nunca atirou uma.

E se isso não bastasse, o respeito com regularidade

é melhor que a gentileza com intensidade.

Por um tempo pensei que o jovem não tinha medo da morte.

Pois agora noto que tudo se inverte. Ou estou mais velho?

Assim, por dar tantas cordas nos meus sonhos

não consegui mais acordar.

E no fim das contas, a gente faz de conta

que tudo isso faz parte da vida.

Cadu de Souza
Enviado por Cadu de Souza em 04/02/2017
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