Teatro de Sombras
O país é pobre, é pobre o povo
O povo pena mas não para. O PIB é pouco.
O Pré é sal, o pós não se sabe.
Não se sabe por quê? Pois a resposta paira no ar
Apenas pra quem pode, e nem sempre querer é poder.
O poder pode tudo, porém não pode parar o mundo
implacável para muitos, paciente e passivo para poucos.
O pioneirismo do problema pode parecer bobagem
pra mim, pra você, pra quem mais puder ouvir.
Porém, posso pensar que tudo faz sentido
até mesmo essa pequena e pacata mensagem
que para muitos é coisa de sem juízo.
Pra alguém, eu espero, alertar sobre o perigo
iminente para alguns, ausente para os que não pensam comigo,
que pedem passagem para o esconderijo
do abismo da ignorância.
Pois na ciranda da vida a mesma mão que me afaga
pode ser a mesma que me afoga.
Mas...atire a primeira pedra quem nunca atirou uma.
E se isso não bastasse, o respeito com regularidade
é melhor que a gentileza com intensidade.
Por um tempo pensei que o jovem não tinha medo da morte.
Pois agora noto que tudo se inverte. Ou estou mais velho?
Assim, por dar tantas cordas nos meus sonhos
não consegui mais acordar.
E no fim das contas, a gente faz de conta
que tudo isso faz parte da vida.