A carta que não será entregue
Baby, minha vida é uma contradição diária. Há dias em que estou mais apaixonada pelo lado de cá, pelos seus habitantes e por quase tudo que este lado me proporciona. Outrora o lado de lá é mais atrativo e em mim existe uma enorme vontade de conhecê-lo. Eu estou cansada, preciso descansar. Sinto falta do cheiro da terra, do abraço caloroso, da “bença” antes de sair de casa, sinto falta daquele tempo em que nessa época do ano minha maior preocupação era de saber que dia da semana iria ser meu aniversário. Sinto falta de muitas coisas, inclusive de você. Queria eu me transportar pro teu lado e lhe encher de carinho. Em troca de todo o carinho eu sei que receberia em retribuição sorrisos sincero. Sinto uma enorme vontade de chorar ao escrever, ao pensar essas palavras que são incapazes de expressar a explosão de sentimentos que há aqui dentro de mim. Apesar da distância a intensidade de amor cresce a cada dia. É difícil viver longe de você, me sinto exposta quando choro de saudades, muitos não entendem esse choro e interpretam-no da maneira que convém. Lembre-se de uma coisa, cuidado com os humanos com almas mortas, eles não sentem, machucam, são egoístas, dançam de acordo com o ritmo da música desse mundo cruel, são competitivos e não se importam em pisar quem está em sua frente. Mundo cruel onde o amor e a empatia são quase inexistentes.
Junte-se com aqueles que sentem, que se importam, que te abraçam, que entre braços trocam energias freneticamente. Que fecham os olhos e sentem a música que há neles e compartilham dela contigo. Baby, não sinta medo de ser sincero, não se reprima demais.
RESISTA!
VIVA!