O retrato do desespero
Retrato do desespero...
É desesperador não entender o intocável, o inatingível.
Quando sabemos o que perdoar ou do que pedirmos perdão, para que a mágoa que se nutre, se desvaneça, é compreensível e possível de fazê-lo.
Palavras não ditas tornam-se cada vez mais obscuras destinadas ao pensamento doentio da incompreensão.
Tentar entender os mistérios do outro está longe da primeira ou segunda impressão.(incansavelmente espero pela terceira ou quarta).
É desesperador, por mais antropólogos que sejamos, compreendermos a essência do outro,mais difícil se torna, quando o comportamento é subjetivo e enganoso, alicerçado em falsidades.
O comportamento humano na sua ciência e essência está longe de ser desvendado, mas nos basta vivermos em pares, para que, em tese escrevamos um livro.
Há quem esconda-se através de máscaras e, entre linhas disfarce melhor suas intenções, ou a falta delas. Há outros que, com amor verdadeiro, doam-se por inteiro, sem máculas, diferentemente do amor com apego que sufoca, aprisiona.
Entender o ser humano nas suas mais diferentes áreas é sucumbir-se ao desespero, mas não ao fracasso, para isso é necessário nos conhecermos primeiro,saber a real razão da nossa missão terrena e espiritual com o outro, pois: "Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, mas seres espirituais vivendo uma experiência humana."(Teilhard De Chardin).
Todo conhecimento, ou a falta dele é perturbador. Digamos que a informação nos liberta ou nos aprisiona e, se a informação é básica para entender o nosso mundo, a consciência dos sentimentos é essencial para encontrar nosso lugar nele e interagirmos de maneira harmônica, solidária e construtiva.
Posso admirar aquilo que não compreendo, pode fascinar, instigar a busca da compreensão...mas se não deixar revelar-se, o fascínio acaba, perdendo a credibilidade.
Quanto mais autoconhecimento e amor próprio tivermos, mais poderemos amar nossos semelhantes.
"Amai ao próximo como a si mesmo." (Jesus)