Noite de Verão.
Noite de ondas variáveis.
Por instantes, fortes segundos com lentidão tocavam na areia.
Caminhávamos...
Noite plena da luz de uma lua suntuosa.
Superlua...
Das janelas, os segundos iam nos mostrando os reflexos dos fachos de luz.
Um tempo de céu intenso, temperatura intensa; imensa.
Temperatura quente e submersa nas águas que deslizam pelos mangues e pela maresia.
Caminhávamos sem distinguirmos o que nos paralisava, apenas o abraço, ou os segundos que se multiplicavam com aquele nosso abraço; nosso laço, naquele barco...
Nos teus pés, entrelaçava os meus, no vai e vem da brisa na vela dos barcos.
Embarcação...
Aquele lugar maravilhoso, nem os segundos variáveis, nem o sol; astro rei, com o seu brilho profundo e majestoso conseguiam com toda a sua intensidade diminuir o sentimento e,o brilho irradiante, do sentimento submerso e vulnerável a lei do tempo.
Meus pensamentos caminhavam...
Percebi que interrompi a leitura e entreguei-me ao deleite da lembrança que velejou em minha mente, trazendo-me uma forte lembrança daquela nossa noite de verão.