Que incoerência mordaz
Que incoerência mordaz acordei eu no meio da rua ao lembrar dos olhos dela , após tantas farpas retiradas de meus pensamentos ela abre o útero e pari a si mesmo na porta da igreja, passo por ela e entro na fila da hóstia...Preciso de um novo corpo, mas a minha frente vejo o padre colocar na boca de Nietzsche a última hóstia , ri de minha face corada Agostinho como se coroinha fosse , não me resta mais nada a não ser o nada que me resta e aos risos Ludwig Wittgenstein calcula a bissetriz de minha loucura , em meu último movimento Hegel corta a própria língua e eu troco sem pensar por meu silêncio e consigo voltar a vida dizendo o nome dela...