SONDANDO O TEMPO
Seria a incerteza a falta de matemática, só carecendo saber o impulso do objeto de observação?
Embora nossas convicções e conjecturas sobre o futuro moldem decisões em nossas vidas pessoais e políticas públicas, refletem em consequências reais e às vezes desastrosas, com importantes características fundamentais da condição humana que podem mudar ou permanecer constantes a longo prazo.
O futuro da humanidade é um tema ineludível muitas vezes visto como uma especulação supérflua, irrazoavelmente tratado como um tópico por meio de abstração, embora seja um assunto muito abrangente e diverso, que compreende tudo o que acontecerá ao ser humano, desde sua alimentação às futuras descobertas científicas. São questões fundamentais sobre o futuro da humanidade.
Pode haver um desacordo razoável sobre o parâmetro e a relevância das projeções de maior ou menor substância sobre metodologias ou projeções tecnológicas específicas, que são importantes à proporção em que esclarecem nossas opiniões sobre critérios mais fundamentais, inclusive recursos que se conceituam por qualquer paradigma sobre a possibilidade da extinção das espécies de vida da Terra, se a biologia humana será basicamente transformada para nos tornar pós-humanos, a longínqua possibilidade de colonizarmos outro planeta em outra galáxia, se a inteligência biológica será ultrapassada pela inteligência da tecnologia, se a superpopulação deteriorará a qualidade da vida sustentável, entre outras conjecturas.
Comumente a especulação sobre o futuro tornou-se numa projeção de nossas expectativas e medos, ou, espetáculo dramático envolvendo ironia sobre a moralidade tendenciosa na sociedade moderna, como uma mostra emblemática para a mobilização ideológica.
De toda forma, é necessário converter estes pressupostos explícitos e submetê-los à análise crítica, tornando possível a aproximação de modo mais realista, ponderada e concentrada nestes grandes desafios para a humanidade.
Não sendo o futuro da imaginação adolescente de muitos de nós, chegamos a 2017, e fomos poupados do fim dos tempos. O que nos trouxe aqui, foi uma série de acontecimentos, desde a criação da civilização e da formação social, singularmente a revolução agrícola, os avanços científicos, a transformação industrial e a evolução da saúde pública, em conjunto com as questões do meio ambiente, da economia e da política que formam um todo unitário por meio da interação humana uns com os outros e seu ambiente natural.
Dado à incerteza científica e a falibilidade de nossos cérebros, mais irracionais e sujeitos a delírios e pressões inconscientes do que gostaríamos de pensar que somos, devemos ser cautelosos e humildes ao lidar com o futuro, pois nossos cérebros não evoluíram o suficiente para lidar com as complexidades de um mundo incerto.
Devido aos nossos cérebros primitivos, nos apegamos à certeza em nosso interesse em como os eventos ocorrem, pois, não somos meros observadores, mas, protagonistas que moldam a história.
Obviamente, o futuro nos importa, por ser onde passaremos o resto de nossas vidas. O que nos motiva a obter algum grau de previsão para planejar com eficácia a administração de nossos assuntos, apesar de, muito do que gostaríamos de antecipar não possa ser previsto. Porém, no contexto de ciências aplicadas, como a medicina, a meteorologia e a engenharia, há uma quantidade razoável de previsões bem-sucedidas.
Contudo, sendo o futuro uma terra inexplorada cheia de mistérios onde as interações complexas de nossas predições com nossas esperanças e medos constroem delírios, o senso comum nos diz, que parece ser tarefa de tolo tentar prevê-lo. Demais, a preparação para o futuro, obviamente, não requer uma previsão precisa.
A planeta Terra é o lar de milhões de espécies. Porém, somente a raça humana o domina, causando um profundo impacto sobre ele, ao ponto de provocarmos o aquecimento global, o descongelamento gradual dos polos e o aumento do nível do mar, uma emergência planetária sem precedentes. E a nossa inteligência, criatividade e nossas atividades, modificaram quase todo o planeta, sendo os fatores de todos os problemas globais que enfrentamos, e que estão se acelerando à medida que cresce o aumento populacional.
O mundo que conhecemos está mudando ao nosso redor. A escassez de água, o crescimento populacional, a diminuição de alimentos e as alterações climáticas susceptíveis de impactar as condições da vida humana, também, a segurança das principais matérias-primas irão perturbar as atividades industriais no sistema de fabricação.
Nos beneficiamos com uma diversidade biológica que permite uma variedade de espécies agir conjuntamente para manter o ambiente sem uma intervenção humana, produzindo vários recursos.
Preconceitos convencionais das nações ricas, despreocupados com os problemas ambientais e o alívio da pobreza que atrasam o progresso de países pobres, não repensam novas abordagens que reconheçam a inter-relação entre os seres humanos e o meio ambiente para criar o desenvolvimento sustentável que inclua a justiça ambiental e social, por acreditarem que a extinção da pobreza global prejudicará o planeta.
A lógica diz, que a maior causa para a extinção das espécies terrenas, é a perda de habitat.
O entrelace entre os governos mundiais e as instituições científicas subsidiadas pelo Estado, não nos repassam, fielmente, a escala e a natureza dos problemas e a condição de medidas de solubilidade sobre a mais extrema das causas para a extinção da vida na Terra, que poderá vir a ser a perda de nosso habitat.