O AMOR, PASSAGEIRO E EXAGERADO

O amor é o vento

Impiedoso quando quer

Exagerado sem necessidade

Mas é passageiro, para o bem das flores

O amor é o calor

Aquele que nos faz transpirar incessantemente

Exagerado todos os dias

Mas é passageiro, pois todas as noites sinto o seu frio

O amor é a chuva

Que molha bem mais do que rezamos

Exagerada quando quer se exibir

Mas é passageira, quando até o arco-íris pede para se secar

O amor é tristeza

Aquela que nos faz chorar sem querer

Exagerada forma de lamentar

Mas é passageira, pois sempre haverá sorrisos após as lágrimas

O amor é o medo

Que nos faz temer até o simples

Exagerado, ele nos impede de acreditar

Mas é passageiro, pois a esperança rima com confiança

O amor é a fome

Que gosta de aparecer em horas impróprias

Exagerada, é a necessidade de ter aquilo que não podemos

Mas é passageira, pois é só uma sensação da mente

O amor é o desconhecido

Que nos faz pensar se era possível

Exagerada maneira de enxergar o mundo

Mas é passageiro, pois todos temos espíritos de exploradores

O amor é o terrível

Que se parece com melancolia

Exagerada palavra de pouca coragem

Mas é passageiro, pois não se precisa entender o amor

O amor é preto

Na falta constante que faz o vermelho

Exagerada forma de observar as cores

Mas é passageiro, enquanto houver tinta, pincel e afeto

O amor são poesias

Em tortas linhas do destino

Exagerada maneira de imaginar o futuro

Mas é passageiro, pois o verbo se faz carne, e a poesia se faz o real

Por fim, o amor é passageiro

Que nunca sabemos quando vai acabar

Exagerada forma de pensar

Que passageiro foi o nosso amor

E que isso que sinto é um devaneio

Ou que não tem cor

Que não teve calor

E que passageiro foi esse sonho que você me acordou

Geovani Nogueira
Enviado por Geovani Nogueira em 28/01/2017
Reeditado em 29/01/2017
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