É loucura ser gay? Nem todo mundo é gay, mas todos têm um nível de loucura

Eu não gosto de conviver com pessoas que tem práticas extremadas ou que são radicais. Nem quando eu fui anarquista, não participei de nenhuma manifestação ou protesto de rua. O gay pode ser considerado um radical? Eu não sei. Só sei que não é porque não gosto da prática de uma determinada pessoa que isso me dará direito a desrespeitá-la. Inclusive com “razões religiosas”. Isso é crime e corrobora com atos violentos, porque numa sociedade com o nível de tecnologia que nós temos, a palavra se transforma em ação ou pode vir a se transformar em ação muito rapidamente e, às vezes, quase instantaneamente. É por isso que o Osho, mestre espiritual, dizia a seus neosanyasins que a consciência que usamos tem que estar um pouco acima da tecnologia que usamos. O processo civilizatório pressupõe o convívio harmônico entre pessoas diferentes, sejam elas do grupo A ou do grupo B, ou de qualquer outro grupo. Na Antiguidade, quando não havia a tecnologia que temos hoje, as execuções sumárias, os apedrejamentos, e a justiça com as próprias mãos existiam e os gays eram perseguidos. Hoje, com a toda essa tecnologia, pode-se tirar a dignidade das pessoas muito facilmente, inclusive com choques elétricos, em clínicas psiquiátricas. Ser gay não dá salvo conduto a ninguém para lucidez, mas também não é sintoma de loucura. No final das contas, a loucura é um mal generalizado, existem níveis de loucura, desde o fanático até a pessoa com um bom senso razoável. Mas todos possuem, de um jeito ou de outro, algum nível de loucura.
Quem não é louco, em nenhum grau, ou é santo ou é iluminado...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 26/01/2017
Reeditado em 26/01/2017
Código do texto: T5893709
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