No mundo da Lua
Quando era jovem, eu queria ser atriz. Acho que vem daí essa minha necessidade de ser amada por todo mundo. Se é egoísta da minha parte? Pode até ser, mas não vou ficar tendo pudores ou falsas modéstias para demonstrar o que sinto, ainda mais porque sei que essa é a única maneira de eu conseguir. Não me acho melhor do que as outras pessoas, mas também não diminuo as minhas qualidades como os outros costumam fazer para parecerem mais humildes. Pura hipocrisia. No fundo, todo mundo quer ser amado e admirado.
Não sei porque, mas a arte em si sempre foi algo que me fascinou, desde interpretação, pintura (sou péssima desenhista só pra constar), dança e outras coisas, mas acho que a interpretação era a melhor de todas porque às vezes é tão cansativo ser a mesma pessoa de sempre dia após dia que dá vontade de fugir pra algum mundo diferente onde a vida não passe de um sonho.
Acho que sou boa em fingir, mas não confunda com falsa. Jamais fingi um sentimento. O fato, é que quando interpreto, eu realmente acredito no que digo e no que sinto, mas é apenas um personagem. Não sou eu. O tempo ainda vai me mostrar a pessoa que eu sou, mas enquanto isso não acontece, eu continuo interpretando e criando minhas histórias buscando o meu lugar no palco do mundo.