Os dois lobos
(Um velho índio disse ao seu neto:
"Há uma batalha entre dois lobos dentro de todos nós.
Um é mau. É a raiva, a inveja, a ganância, o ressentimento, a inferioridade, a mentira e o ego.
O outro é bom. É a alegria, o amor, a esperança, a humildade, a bondade, a empatia e a verdade".
O garoto pensou sobre aquilo e perguntou:
"Qual lobo ganha?"
Ao que o velho respondeu:
Aquele que você alimenta.) Adaptado da internet para reflexão.
Muito bem.
Digamos que o Primeiro passo seria escolher os alimentos do bom Lobo afim de alimentá-lo. Então você poderia dizer: Serei uma pessoa alegre, amorosa, manterei a esperança de atingir meus objetivos, procurarei ser humilde se alguém me fizer mal, serei bondoso, serei empático, ou seja, me colocarei no lugar do outro para entender a sua condição e direi a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade.
Simples assim.
Será?
O que ocorre, quanto a alimentar o mau lobo, é que ninguém diz: Serei raivoso, serei invejoso, ganancioso, guardarei os ressentimentos e manterei os sentimentos de inferioridade, darei preferência a mentiras ou alimentarei somente o meu próprio ego.
Então, por que na humanidade toda, uns menos outros mais, de alguma forma, todos acabam alimentando o mau lobo?
Acontece que não é tão simples assim escolher os alimentos do bom Lobo. É como se os alimentos do mau lobo estivessem imediatamente a sua mão, num lugar simples, num lugar fácil, com embalagens atrativas e completamente à sua disposição, enquanto que os alimentos do bom lobo é como se estivessem por trás de uma montanha de pedras. Para chegar até lá você teria de contornar a montanha por um caminho escuso, num lugar esquisito, escuro e amedrontador.
Sabe onde é que fica essa montanha de pedras? Esse lugar tão estranho?
Dentro do nosso próprio eu. Um lugar que, por incrível que pareça, é estranho para cada um de nós mesmos.
Talvez por isso Jesus Cristo disse que o caminho de fazer o bem é um caminho estreito. E por isso disse Sócrates: Conhece-te a ti mesmo.
Talvez se conhecêssemos a nós mesmos, não acharíamos tão difícil contornar as montanhas do nosso eu, os lugares estranhos da nossa personalidade e pudéssemos encontrar com facilidade os bons alimentos; alegria, amor, esperança, humildade, bondade, empatia e verdade.
Paulo, apóstolo, escreveu: Quando quero fazer o bem o mal chega antes.
E pouca gente se atreve a ter a coragem e a determinação de alimentar o bom Lobo.
Afinal alimentar o mau lobo é quase que espontâneo é quase que natural. Além disso quando você escolhe os alimentos do mau lobo, ou melhor você não escolhe, você simplesmente o alimenta mesmo sem ter escolhido.
Sabe por quê?
Porque quando você está com raiva parece que tem todos os motivos do mundo para estar com raiva, quando por acaso você alimenta um sentimento de inveja, muitas vezes nem percebe que fez isso. Da mesma maneira o sentimento de ganância, o sentimento de inferioridade e assim por diante.
E a alimentação do mau lobo acontece de forma natural.
Enfim seja o seu próprio herói indo cada dia desbravar os lugares mais difíceis da sua personalidade, pois só assim você conseguirá alimentar o seu bom Lobo.