Evangelho Segundo o Homem
Foi-se o tempo em que a igreja era o centro
Da manifestação do seu poder
Foi-se o tempo que o homem era humilde
E se reconhecia dependente
Era dar para receber sem pensar em enriquecer
O mundo girou e nas suas voltas
O homem tão prepotente e soberbo
Encontrou um meio de crescer
Espiritualmente? Não, materialmente
Fazendas, carros de luxo, mansões e iates
Embrenhados no meio do rebanho
Lobos com vestes de Pastores
Sugam o misero dinheiro
Dos crentes desprovidos
Que enxergam nestes a última saída
Vãs promessas humanas, cegam pobres coitados
Que enganados, creem ser Deus
Que vos fala através de belas palavras
E ao voltarem para casa, a vida na mesma desgraça
Noutro dia renasce a esperança no Evangelho Segundo o Homem.