NÃO SEI
(Socrates Di Lima)
Não sei se fico...
Ou se vou,
Por mais que me estico...
Esticado estou.
Mas, não chego lá.
Ha pontes e muros,
Aqui, acolá...
E no meu escuro,
A claridade não vem cá.
E eu sozinho no mundo,
na multidão que me cerca,
Pretendo ir mais fundo,
Ante que me perca.
O que me importa os amores,
Que pela minha vida passaram,
Foram talvez, murchas flores,
Que nenhum perfume deixaram.
Posso ate estar sendo maluco,
Em assim pensar,
Contudo, não foram amores, retruco,
Foram paixões de matar.
Contudo, pensando bem,
Neste meu vai e vem,
No ontem, hoje ou amanhã,
Existe pelo menos um,
Com odores de manhãs,
Que, ainda, exala perfume algum.
E desse não me esqueço,
Pois, quem sabe dele padeço,
E por tudo que da vida mereço,
Pago seu preço.
Da minha missa não rezo um terço.
Então!!!
Não sei,
E se sei,
Digo que não sei,
Porque de tudo que foi vago,
cansei.
Quem sabe, ainda, trago,
O cálice desse amor,
Pois no meu, não sei, vago,
Sinto no vazio, essa dor.