NÃO SEI

(Socrates Di Lima)

Não sei se fico...

Ou se vou,

Por mais que me estico...

Esticado estou.

Mas, não chego lá.

Ha pontes e muros,

Aqui, acolá...

E no meu escuro,

A claridade não vem cá.

E eu sozinho no mundo,

na multidão que me cerca,

Pretendo ir mais fundo,

Ante que me perca.

O que me importa os amores,

Que pela minha vida passaram,

Foram talvez, murchas flores,

Que nenhum perfume deixaram.

Posso ate estar sendo maluco,

Em assim pensar,

Contudo, não foram amores, retruco,

Foram paixões de matar.

Contudo, pensando bem,

Neste meu vai e vem,

No ontem, hoje ou amanhã,

Existe pelo menos um,

Com odores de manhãs,

Que, ainda, exala perfume algum.

E desse não me esqueço,

Pois, quem sabe dele padeço,

E por tudo que da vida mereço,

Pago seu preço.

Da minha missa não rezo um terço.

Então!!!

Não sei,

E se sei,

Digo que não sei,

Porque de tudo que foi vago,

cansei.

Quem sabe, ainda, trago,

O cálice desse amor,

Pois no meu, não sei, vago,

Sinto no vazio, essa dor.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 17/01/2017
Reeditado em 17/01/2017
Código do texto: T5884566
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.