Ao cais

Ando submergindo. Há alguém capaz de me salvar dos meus afogamentos? um àquele, talvez, com naufrague peito adentro

Meu cais é um veleiro. Sem disciplina, sem desordem. Sem calmaria, sem turbulência. Desalinhando feito bússola em meio ao vento

Sinto-me à beira do profundo. Afago batendo no parapeito. Sutileza em devaneio. Desespero. Ando meio gaivota, meio Fernão capelo.

Refazendo-me em desatino, sendo desapego, perdida meio a meio num leme num oceano inteiro.

Liz Dias
Enviado por Liz Dias em 14/01/2017
Reeditado em 06/08/2018
Código do texto: T5881813
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