Ao cais
Ando submergindo. Há alguém capaz de me salvar dos meus afogamentos? um àquele, talvez, com naufrague peito adentro
Meu cais é um veleiro. Sem disciplina, sem desordem. Sem calmaria, sem turbulência. Desalinhando feito bússola em meio ao vento
Sinto-me à beira do profundo. Afago batendo no parapeito. Sutileza em devaneio. Desespero. Ando meio gaivota, meio Fernão capelo.
Refazendo-me em desatino, sendo desapego, perdida meio a meio num leme num oceano inteiro.