ao meu redor (in_dor)

[...]

Olho ao redor. Sinto o redor. Faz calor. Tenho sono.

Desejo dormir, embora aprecie o silêncio acolhedor e reconfortante da madrugada e considere retomar Balzac.

Meus olhos passeiam pela casa da minha consciência.

Lá, os quartos estão arrumados, a cozinha, sala e ademais, em bom estado de organização.

Mas há um baú de alcunha "memória" e que, de forma maldosa, insiste em me incomodar e atormentar.

Há bagunça nele.

Há divagações, lembranças, cobranças, sentimentos de culpa, de raiva, de menosprezo, de mal estar.

Há, definitivamente, um turbilhão de sentidos a serem arrumados. Outros, descartados.

Há bagunça em mim.

Há desordem.

*de um texto único dividido em dois.

Maria Fragmentada
Enviado por Maria Fragmentada em 12/01/2017
Reeditado em 12/01/2017
Código do texto: T5879513
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