ao meu redor (in_dor)
[...]
Olho ao redor. Sinto o redor. Faz calor. Tenho sono.
Desejo dormir, embora aprecie o silêncio acolhedor e reconfortante da madrugada e considere retomar Balzac.
Meus olhos passeiam pela casa da minha consciência.
Lá, os quartos estão arrumados, a cozinha, sala e ademais, em bom estado de organização.
Mas há um baú de alcunha "memória" e que, de forma maldosa, insiste em me incomodar e atormentar.
Há bagunça nele.
Há divagações, lembranças, cobranças, sentimentos de culpa, de raiva, de menosprezo, de mal estar.
Há, definitivamente, um turbilhão de sentidos a serem arrumados. Outros, descartados.
Há bagunça em mim.
Há desordem.
*de um texto único dividido em dois.