Narrativas que o universo me deu
Tento deixar de lado a insistência de te controlar.
Com as mesmas mãos que empurrei a tensão de lhe abraçar.
Não consigo. É difícil de aguentar.
Ainda ouço o universo me provendo narrativas impróprias.
Tentei deixar de lado as tantas vezes que me deixou. Observando ainda o tempo que conseguiste criar entre eu e você.
Besteira maior não existe.
Quanto tempo se passou?
Desde aquele dia que nos meus braços você confessou.
Ah, que saudade da solidão.
Que desgaste da minha paixão.
Floresceu tanta coisa boa ali dentro, que nem percebi que olhava meu coração.
Tentando esconder as narrativas que o universo me deu, controlei meus impulsos mais ou menos vingativos. Nem de vingança eu vivo. É apenas a vontade de bater de frente com o inimigo.
O espelho é o inimigo. Ja foi dito.
Nas tortas notas de uma música isolada.
Tentando controlar a melodia. Encontrei aqueles lamentos pela escada.
Novamente desnecessário.
Incoveniente verdade.
Sei que nada faz sentido quando se coloca o coração em cima da razão. Mas penso que isso é o tal pagamento que o universo me deu pelo meu trabalho.
Concluindo a narrativa que o universo me deu, posso te dizer que triste fiquei com o que aconteceu. Novamente, é verdade. Pura tolice minha acreditar que ia tudo correr com normalidade.
Se eu não estou passando coisas boas lá pra cima, como eu quero que de lá coisas boas me sejam concedidas?
Nessa virtude que o universo me deu, prefiro acreditar que não era hora de nos conhecermos.