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Nada é mais teu do que teus próprios sonhos...
Se sonhos são teus,
E sonhos são meus,
Sonhos são desejos
Que a vida nos deu...
Se sonhos nascem na alma,
Vestem a pele e,
O existente revestem...
Os sonhos movem o ser!
Ah, sonhos são pinturas em vitrais,,
São luzes... luzeiros multicores,
A iluminar a vida,
Feito o Sol nos trigais...
Sonhos dão pulsão de vida, à vida e,
Celebrar a vida é acordar sonhos...
É impregnar de sentido o cotidiano,
E fazer do instante uma tela colorida!
Mas...
Aquarelas desbotam e sonhos esmaecem,
Flores murcham e sonhos se apequenam...
Há dias em que nuvens encobrem o Sol,
Encobrem... jamais o destroem!
A dor dói o tempo de doer,
A tristeza entristece o tempo de ser triste...
Andorinhas vêm e vão,
Na confiança de um novo verão...
Assim, desconfio que a esperança seja filha do tempo e da coragem!
O tempo, pai implacável, pertinaz e presente,
A coragem, mãe audaz, persistente, insiste,
Aconchega o medo e segue a gestar...
Juntos, o tempo e a coragem,
Gestam o sonho...
Gestam a esperança e,
A plenitude do existir se faz!
Creias, nada é mais teu do que teus próprios sonhos!
Então, se a vida diz não,
Dizes sim à vida!
Dizes sim, ao sonho!
Afinal, amanhã é novo dia e,
A esperança é certeza de que sonhos renascem,
E sonhos se fortalecem, apesar das frias madrugadas...