O verbo que nos traz a paz (sobre viver)
Crescemos...
Nosso rosto muda, muda nossa forma de ver a vida. Nosso corpo se transforma. A cada dia, fica mais clara a responsabilidade que temos sobre o (pouco) tempo de vida.
Crescemos...
Chega um ponto que você percebe que o máximo que pode fazer é dar conta das próprias escolhas. Não há como se responsabilizar pela vida dos outros. Isso não significa que não vamos sofrer. Sofremos, e muito.
Mas precisamos levantar a cabeça e seguir, acreditando que cada um tem um tempo próprio para se desenvolver. Seguir, ainda que os olhos estejam transbordando. Seguir, ainda que o peito esteja sangrando. Há um longo caminho pela frente.
A gente cresce e percebe que o tempo passa. Percebe cada vez mais que as pessoas não estarão conosco para sempre e que em vários momentos, estaremos sozinhos e precisaremos lidar com as dores do existir que insistem em se fazer presentes.
Ao longo do processo de crescer, trazemos diversos aprendizados, mantemos algumas manias, erramos em pontos que pensávamos já ter aprendido e passamos a fazer diferente em situações nas quais pensamos que nunca conseguiríamos mudar...
Diversos verbos são conjugados ao longo do tempo, alguns se fazendo presente por muitos anos. Outros, deixando de existir em poucos minutos. Qual verbo cabe numa folha, quando as coisas não caminham como gostaríamos? E qual verbo nos dá a mão no momento em que nossas forças não são suficientes?
Crescemos...
Mudamos de casa, mudamos de estilo, nossa vida se modifica a cada dia. Mudamos os verbos constantemente e continuamos crescendo, apostando em pessoas, investindo tempo em escolhas, sofrendo pelo que nos foge do controle, sonhando com dias melhores, esperando, acreditando na mudança.
Crescemos...
Não somos os mesmos
Nunca fomos
Nunca seremos
Nosso viver é constante construção.
Somos processo
Vivemos processos.
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Qual verbo permanece quando a lágrima não for suficiente para lavar uma alma em prantos?
Qual verbo nos trará a paz e a mudança que tanto buscamos?