Viver ou sobreviver? Eis a questão
Viver é minha meta. Viver - não, sobreviver.
Lembre-se: tu vive apenas uma vez, mesmo que acredite em outra vida é apenas desta que você tem consciência. Não condicione sua vida às suas crenças. Seja ela quais forem. Por que não aproveitar a serenidade do budismo como uma vivência interna do Cristo em nós, ou Deus? Há tantas auroras que ainda não brilharam. Tantas formas de sentir. Não castre sua vida. Viva tudo. Não sobreviva apenas de sua conservação.
A vida é sempre um maximum, um total; esteja em acordo com a sua realidade, aceite-a, e você verá que não precisa estender o braço além do limite para pegar o que é seu. As crenças não podem limitar nossa vivência - o certo e errado, bem e mal; "não nos deixai cair em tentação" - é o mesmo que dizer: não nos deixe ver como somos.
Siga seus instintos mesmo que esteja em desacordo com o mundo. Sempre vai estar. Isso é ser criador. E quem não cria reprova aqueles que criam seu próprio jeito de viver. Não confunda jamais espiritualidade com moralismo! Use drogas se quiser, ora! Vá ao puteiro se assim te apetecer. Mas saiba o que realmente te apetece. E não recue ante pretexto algum. As consequências dos seus atos serão as metamorfoses dos seu erros, o útero das suas transformações mais construtivas. E aquilo que faz de ti o que é agora.
Ao parar de nos comparar passamos a ver como somos, e podemos mudar.