Entre o Prazer e a Moral

Somos habitat da ambiguidade, da contradição. Vivemos entre a malícia e a bondade, entre a luz e a escuridão. Usamos máscaras diárias para não revelarmos quem realmente somos e quando por atos falhos revelamos, na inocência afastamos quem queríamos por perto.

Se em nós habitam, anjos e monstros, o id e o superego, o prazer e a moral. Dentro de nós habita esses seres, a vontade prevalece de quem mais forte estiver, na sociedade em que vivemos o prazer ou a moral? Responda-me.

E se o mediador, o ego, fragilizado se encontrar quem mediará esses conflitos? O impulso de quem prevalece? Responda-me.

Não há como fugir, precisamos aprender a conviver com os monstros que vivem em nós. Já dizia Clarice, e o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano. E o que é ser humano senão uma complexidade de sentimentos, desejos e a luta de desprender-se de uma prisão de ilusões?