Desabafo
São idas e voltas
Palavras que engulo
Como aquele cafe ruim que fiz
Que eu mesma esqueci de adoçar
Nunca pedi por essa vida
Mas quando pedi por algo?
Vez ou outra me pego feliz
Enclausurada na ilusão de que está tudo bem
A dor no peito
Alegando ser cansaço
Teria algum remédio para a alma?
O teto do quarto parece mais interessante
O suor misturado com as lágrimas
Olho meu pulso
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São três cortes, o sangue da derrota transborda e eu paro
São dias e dias em que durmo para abafar o sentimento de miséria
Presa no ciclo vicioso da droga da vida
Da depressão causada pela mente fraca
Pelo mundo incompreendido
Acordo com vontade de nunca mais acordar
De nunca mais lembrar
Como um dia era respirar