1º de Janeiro
O que ficou para trás
Não pode me machucar mais
Soltei a corda do velho cais
Agora, longe, tudo está em paz.
Aos poucos o tempo apaga o passado
Já não importa mais quem estava errado
Quem (se) enganou ou foi enganado
Tudo dorme sobre escombros sendo soterrado.
O futuro ainda é um sonho distante
O presente pulsa sendo escrito neste instante
Estou por inteiro, mas não parece ser o bastante
Ainda aqueço o grafite e não o transformei em diamante.
Hoje sou tudo mas sei que serei esquecido
Tentarei minimizar o tempo que será perdido
Tornar especial o que comigo for vivido
Encerrar na minha hora com a sensação de ter vencido.