Onde esconderam o sol?

Deixe-me morrer
Olhe ao seu redor, não tenho mais escolha
Deixe-me desabar,
Não há mais o que fazer,
Eu me parti ao meio e na queda me quebrei em mil pedaços,
Deixe-me para trás, já não há saída pra mim,
Deixe-me sozinho e simplesmente fuja de mim,
Terei meus pesadelos para me fazer companhia,
Terei meu vazio noite após noite dia após dia,
Deixe-me apodrecer no meu orgulho,
Sou falho e não tenho mais chances,
Sou vivo mas me sinto morto,
Meu coração está envolto em fúria e dor,
Mesmo ao longe posso sentir a frieza em cada batimento dentro do meu peito,
Deixe-me ir, pois esse é meu último momento,
Já juntei os cacos e estou cansado de me levantar,
Cada queda é mais dolorida que a outra,
E cada lágrima que escorre queima minha face, e corrói minha vida
Não há motivos para alguém ficar,
Pois aquilo que chamam amor eu chamo ilusão,
Não existe mais nada aqui, a não ser destroços de uma alma perdida,
Meus braços estão doloridos de segurar minhas esperanças,
E meus sonhos se tornaram apenas anseios distantes ,
Então deixe-me morrer, deixe-me e siga,
Logo a frente tem água limpa,
Logo mais tem um céu azul,
À frente existe o pôr do sol,
Não se preocupa, pintarei minha existência,
Colocarei tinta e disfarçarei, para acharem que ainda há vida.
Tentei voar sem asas. Achei que as tinha.
Mas foram cortadas pouco a pouco, achei que as tinha,
Pensei tê-las sentido, por isso achei que podia voar. Meu pés não conseguem sair do chão.
Gabriel Sant
Enviado por Gabriel Sant em 30/12/2016
Código do texto: T5867024
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