A Bússola
As palavras são a bússola do imaginário
sensível, que despertam no âmago o adormecido.
As distâncias são as vivências sem direção nem crença
que por ela podem se “nortear.”
As aparências é o ato desencontrado no limite da angústia.
Ficamos perdidos sem métodos de localização nessa falsa feição de rotulação moral.
O Tempo nos toma e nos leva a variações imaginárias subjetivas, dentro de um elo indecifrável.
E com a mesma bússola sem destino e “quebrada” tentamos escrever um mundo com palavras que já foram usadas por viajantes de vidas passadas, porém sempre “ressignificadas” à medida que se permite um novo olhar para uma velha coisa.
Meu espírito voa como a bússola ao vento sem direção, na viagem de chegar a minha constelação, onde 'ainda' não existo.
O meu ego inquieto e feliz desarruma minha alma, como o azul intangível do meu pensamento abstrato.
E em algum momento nesse “novo olhar” se apercebe que a bússola jamais esteve 'quebrada', apenas sofria de um 'desvio' naturalmente corrigido pela “guiança” do viajor a quem o caminho se revela a cada passo confiado.
Às vezes é preciso um distanciamento.