ARTE E CONHECIMENTO: ESPECULAÇÕES PÓS MODERNAS
Entre a busca do inumano ou do pós humano e a superação do conceito de verdade, tento inventar a realidade como estética, como um arranjo subjetivo cada vez mais relativamente autônomo frende as codificações simbólicas e gramaticas socialmente estabelecidas.
Afinal, o que significa ir além do estabelecido no plano do pensamento critico em um cenário epistemológico onde , pelo menos aparentemente, já não são possíveis novos paradigmas? O conhecimento foi reduzido a linguagem e como tal não pode nos proporcionar nada mais do que malabarismos verbais e conceituais. Dai minha preocupação em instrumentalizar a gramatica artística como um recurso a elaboração de imagens subjetivas de mundo e realidade. O conhecimento é de muitas maneiras um jogo. Possui uma dimensão lúdica por muito ignorada pelo objetivismo positivista. As tramas do discurso e a possibilidade de codificar a realidade e inventa-la como qualquer tipo de narrativa é tudo do que somos capazes.
É muito prudente questionar quais serão, fora do campo da racionalidade instrumental e pragmática, as estratégias de construção de conhecimento mais fecundas em uma cultura global onde o dizer é cada vez mais múltiplo em suas qualificações cientificas e filosóficas. O que define a interação entre consciências (espaço público) é a intersubjetividade como premissa de todo conhecimento possível a partir dos recursos e perspectivas que se inauguram a partir do artificio nas novas tecnologias.