A impressão .
A minha filha veio me apresentar seu namorado, e fizemos um churrasco em família, com um ambiente mais descontraído.
Em determinado momento, ela me perguntou baixinho : "Papai, o que achou dele ?". A famosa pergunta ! Quando já havíamos tomado cerveja, conversado em bocado, rido mais um pouco e ele já ter me ajudado frente a churrasqueira, me permitindo ficar sentado e mais solto.
- Filha, é muito cedo ainda para se tirar conclusões, a primeira impressão foi muito boa, mas o tempo dirá. Analise sempre partindo do que você já conhece, e atenção nos detalhes, pois ele te mostrará seu caráter.
Sempre facilito ao máximo, não julgo com precipitação, não exijo nada que não seja franqueza, que trate bem a minha pequena, e torço sempre para que dê certo.
Tocamos violão, cantei duas canções da Marisa Monte, e ele me acompanhou com descontração, depois tocou algumas outras canções sozinho, e no final toquei " Onde Deus possa me ouvir" do Vander Lee, que ambos gostamos muito.
Nunca pergunto sobre ganhos e vida pessoal, isso não me interessa , deixo que ele conte o que bem entender, e se mostre comedido ou não, o tempo traz todas as respostas importantes, e as demais, as que não vierem, e porque não importavam.
Felizmente sou bem natural e descontraído , e deixar um ambiente agradável faz parte da minha natureza, nunca passo do limite, o meu "termostato" tem qualidade, a vivência pesa muito nessas horas, e facilita tudo, preciso estar atento ( uma pequena voz sempre me diz isso). Quando chegaram, de cara preparei uma caipirinha para ele, e outra para mim, que as mulheres bebericaram conosco, assim já íamos preparando "as tripas" para os assados, enquanto petiscávamos e conversávamos mais soltos.
Os outros filhos também vieram, acompanhados, e o nosso Natal foi assim, bem gostoso e com novidade.