SINAL DOS TEMPOS?
Tempos difíceis...
- Governadores, prefeitos e vereadores violentando e estuprando crianças, adolescentes e jovens...;
- Políticos de todas as cores partidárias entrelaçados com a mediocridade, corrupção e falta de (bom)senso;
- Mulheres nuas aplaudidas nas ruas e passarelas e mães amamentando impedidas de promover a vida;
- Mídias e educações a serviço do engodo, da alienação, da destruição de valores consolidados pela cultura, pela história;
- Jornalistas perdendo a noção do outro, ‘cuspindo’ nas instituições e nos seus representantes;
- Crianças, adolescentes e jovens mais ‘midiotizados’ que educados e escolarizados, ampliam a violência e degradação dos princípios e valores que tornam possíveis a vida social;
- Sociedade e diversidade em conflito: movimentos ‘coletivos’ servem mais para expressar ódios que construir solidariedades humanas e humanizadoras;
- A ‘espiritualidade’ deixou de ser orientação para a vida fraterna; tornou-se engodo promitente de prosperidade;
- No Brasil, especialmente, a corrupção política e pública, é prioridade oculta nos discursos ludibriadores eleitoreiros;
- O futebol e o carnaval são mais valorizados e populares que a educação e saúde;
►Uma cultura que alimenta mais ênfases em seios e bundas que em cérebros pensantes;
Enfim...
... centenas de ‘enunciados’ poderiam ser elencados e inúmeras justificativas apresentadas contra ou a favor de atitudes e comportamentos. Na sociedade atual as transformações rápidas não permitem ponderações acuradas que levem a reflexões que produzam fundamentos coletivos. Muito se discute; pouco se aprofunda.
As ações e comportamentos coletivos não são pensados, são dirigidos e manipulados por macro mecanismos imperceptíveis às massas populares. Muitos são capazes de violentar quem se atreve alertar para a cegueira das ‘manadas’ em processo. Acreditar nas mídias, em promotores de espiritualidades e opiniões é mais fascinante que refletir sobre o que dizem orientadores e educadores.
E assim, avançamos para incertezas negativas – aquelas que produzem reflexões e comportamentos produtores de valores/conceitos que afastam pessoas e grupos e produzem enfrentamentos culturais – em que medo, insegurança, violência e destruição das culturas validadas por longa história traduzem-se em comportamentos banais. Tudo que atrapalha à homogeneização das subjetividades configuradas para o fechamento à individualidade não gera significado coletivo. O coletivo só adquire consenso quando se precisa alcançar patamares que reforçam posteriormente nossas individualidades.
Não são sinais dos tempos. São sinais da degradação de tudo que ficou da cultura humana na história. Não aprendemos ainda construir o futuro sem destruir o passado. Para avançar, para constituir progressos e validar novos comportamentos precisamos destruir atitudes constituídas. O processo de confrontamento para posterior anulamento de valores e culturas acaba criando o niilismo social e a consequentemente destruição da sociedade.