Devagar o ponteiro gira sem descanso, mais rápido, mais lento, o menor, preciso e absoluto marca as horas, o grande pontilha o tempo, envelhece a aurora lentamente, e escorre na ampulheta cada minuto de vida. A vida passa, passa ligeiro pelo vértice da existência, repousa como a areia deixada pelo vento e descansa em paz. Tudo na vida tem pressa: os rios correm apressados, o regato serpenteia entre montanhas, e descansa na bacia do rio grande, que deságua no mar. Assim também, a alma humana, um dia descansará em paz.