IRRACIONALIDADE E CONDIÇÃO HUMANA

Nunca pensei minha existência a partir de qualquer ideal racional ou como apêndice das representações sociais do gênero humano. Sempre tomei a simples imediaticidade hedonista e sensualista como medida da minha condição de vivente. Isso porque considero que a vida não possui qualquer proposito, o que torna um pouco reducionista justapor minha persona social a espontaneidade dos atos e impressões ordinárias.

Não somos um ego plenamente estruturado dando respostas ao mundo circundante a partir de uma consciência pragmática e racionalista. Pelo contrário, agimos na maior parte do tempo inspirados por impulsos, impressões, e de modo muito mais descontínuo e espontâneo do que pensamos.

De que outra forma explicar os tantos conflitos e impasses que povoam a vida privada dos indivíduos e dá o tom dos seus tantos equívocos e conflitos na vida pública?