Conhecer e Imaginar: um processo dinâmico e indivisível [15/12/2016]
Conhecer e Imaginar: um processo dinâmico e indivisível
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 15-12-2016
Faz-me convulsionar, às vezes, uma ruptura entre o conhecimento e a imaginação. Dr. Albert Einstein, em notável exemplo, dizia em letras inspirativas que a "imaginação é mais importante que o conhecimento". Por trás dessa famosa citação, firme em seu aparente júbilo científico, haveria, talvez, uma ideia soturna que não indicaria tão somente a grande visão "maléfica" que o conhecimento esbanja quando está apenas tecnicamente dominado, bastante saturado em critérios axiológicos e carente de expansão crítica. Emergiria facilmente, nesse sentido frasal, a tendente mania de equiparar graus de importância entre a "atividade de conhecer" e a "atividade de imaginar". Tanto uma quanto a outra, ao contrário das distinções didáticas, ou de algum romantismo einsteiniano, não obedece exclusivamente ao arbítrio de artifícios "estilísticos" do mundo subjetivo. O "conhecer" e o "imaginar", em síntese, são faces de um único processo, indivisível e dinâmico, sobre as quais a nossa consciência recria-as numa dada visão metafórica, seja em maiores gradações objetivas ou não objetivas.