Perdoai... Eu tinha que desabafar.

Bebi sim...
Por muito tempo bebi...
Bebi muito...
Além da conta...
Não trago marcas tão dolorosas assim...
porque bebi...
As que trago suporto-as com Jesus.
Foi bom...
Enquanto soube o “Beber”.
 
Ah!!!...
Mas passado o tempo...
Eu não sei o porquê bebia...
Pelo menos prazer
não mais o tinha...
Bebia porque bebia.
 
Beber não era um dever...
Era um direito meu...
Eu não soube usar direito...
Esse meu direito...
 
Tornou-se a contragosto...
Uma obrigação...
Um dever...
De dizer que bebia...
E não devia nada a ninguém.
 
Mas devia sim...
Devia ao meuSer”...
Que a cada dia deixava de ser...
Eu mesmo.
 
Escrevi coisas lindas...
Bêbado...
Onde estão? 
Respondo:
Não sei!
Perderam-se no tempo...
Foram levadas com o vento...
E
m guardanapos de papel...
Borrados do último vômito.
 
Muitos amigos ainda me falam de meus versos...
Poucos dizem...
Que até os têm guardados...
Outros dizem que versos meus...
Foram de grande valia...
Na conquista de sua agora mulher...
Meus versos não serviram para mim...
Absorto que estava em minha embriagues.
 
AHHH!!!
Mas isso não:
Bebia sim; mas nunca tive um coração mau...
Nem um mau procedimento com alguém...
Disso até um pouco se orgulha o meu ego.
 
Fiz muita gente sofrer????
Certamente o fiz...
Mas não de uma maneira consciente,
Pra falar a verdade:
Poucas pessoas gostam da gente
A ponto de sofrer pela gente.
 
Quanto a mim???
Ninguém me perguntou...
Se eu Sofria ou não...
me viam caído no chão...
E com leviandade expressavam...
O pior dos sentimentos de .
 
A bebida não foi meu grande mal.
Ela foi minha companheira...
Para me esconder de tudo...
Esconder-me de nada...
Expondo-me de forma vergonhosa
A cada dia um pouco mais...
 
Eu não fui fiel à bebida...
Como tendo uma que fosse a preferida...
Por escolha ou por paixão...
Eu a traia de forma tão imoral...
 
Ora era a cerveja...
Minha então paixão...
Logo não a queria mais...
Dizia:
Errei, sou apaixonado pela vodca.
 
E num gesto leviano...
Trocava de bebida de acordo com o lugar e o dinheiro...
Depois imperou a compulsão...
Qualquer coisa servia...
 
Nem as drogas, foram mais fortes em minha vida.
Hoje não faço aqui apologia à bebida...
Muito pelo contrário...
Faço um alerta a aqueles que são compulsivos...
E nunca honestos consigo mesmos.
 
Muitos dirão que estou recaindo...
E eu responderei a esses crápulas:
Não darei a vocês este prazer...
Hoje tenho Deus...
E posso falar:
Não devo nada a vocês...
Aves agourentas.
 
E se choro...
Choro pelos meus perdidos versos...
Que um dia retornarão...
Com a lucidez que ora tenho.
 
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