Desenhos na parede
Os raios destroçam o silêncio absoluto da noite
E os clarões da rua iluminam a escuridão do quarto
Os pensamentos vagueiam perdidos entre devaneios
E as ilusões do ser iluminado escorrem com as lágrimas
As palavras podem ser cruéis e insensíveis ações do ser
Quando misturadas com a insensatez dos dias atuais
Uma rotina que comumente, acaba criando um hábito
E todas as mentiras afetam tudo o que está em sua volta
Pergunta-se quem é esse que está lhe encarando no espelho
Uma história mal contada sem nenhuma elucidação
Cheio de marcas e tristezas no fundo dos olhos
Esconde a dor entre um sorriso e algumas canções
Uma razão mal esclarecida criada por algumas desilusões
Um coração remendado, sem alguns pedaços importantes
Onde os fragmentos não conseguem mais se encaixar
Pois foram desgastados ao longo de tantos anos
As sombras do passado fazem desenhos na parede
Em um vórtice complexo criado pela rejeição
O ser que não existe, mas está presente sempre
Em um canto das lembranças, daqueles que fingem
Que o erro em questão nunca aconteceu de fato
Um medo desenfreado de um dia conseguir ir além
Ser muito mais do que apenas um mancha na reputação
Dos que se dizem gloriosos e abençoados pela vida
Quebrar as barreiras do silêncio, serrar as correntes
Deixar para trás todos os pecados imorais do ser
Sentir o deus que tanto alucina multidões pelo mundo
Mesmo que seja para ter certeza do ledo engano
Perceber que cada passo tem sua importância
Mas que sem direção, se pode acabar no mesmo lugar
Cada erro tem seu peso especifico e relativo
E acertar pode se tornar um desafio impraticável
Sonhar por um tempo pode ser algo muito bom
Mas viver em um eterno sonho é perigoso demais
Pois em algum momento estará trancado em uma prisão
E tudo o que lhe foi de estima algum dia, vai se perder