Pensamentos antifilosóficos (4)
Hoje já bebi meia garrafa de vinho e estou batendo um papo cabeça com a outra meia garrafa. Trata-se de um vinho jovem, safra de 2013, portanto uma criança de três anos de idade, mas que parece saber mais do que eu sobre os meus sessenta e dois anos nos barris de carvalho da vida.
São 23:20. Faltam quarenta minutos para o início do dia quatro de dezembro de 2016 e vinte um dias para o Natal. Peço ao papai Noel, que visita o Brasil, um só presente: uma garrafa de vinho que não tente embotar meu pensamento, tampouco me fazer dizer as bobagens que são minhas, que me fazem um enorme bem, mas que podem machucar algum amigo (ou qualquer um) que pense diferente.
Fui dar uma olhada no rótulo e vi que se trata de um vinho português alentejano, embora grande parte das informações estejam escritas em inglês.
Já bebi um terço da meia garrafa restante. Se houver muitos erros de gramática, daqui pra frente, a culpa é do corretor do windows, dos políticos de merda, da merda dos políticos, dos reacionários de extrema direita e do vinho... menos minha!