O número sete de mim
Voou para tão longe que eu
nem percebi a dimensão da rapidez
em que meus pensamentos se isolavam da realidade.
Quem sou eu nessa encarnação de exauridos desafios,
na bipolaridade desconfiada e determinada que me tornei?
Ouvindo Beethoven cantar e invadir meus descontentamentos.
Não chamo esse momento de melancolia, e sim saudade
de ter a saudade, de algo que um dia foi meu
e agora não tenho mais ao meu alcance
de algo que um dia foi tangível.
Talvez meus poderes surrealistas.
Hoje já nem sei se o que toco é real
trevas e cantos das mais elevadas vozes musicais.
Invadem o cenário da minha "realidade" estranha.
O que eu estou fazendo aqui? Essa é a primeira pergunta.
Nem os números, da numerologia, me definem.
A vida é um universo de conceitos.
Número 7? Mas por que eu tenha que ser o número 7? ´
Filosofia? Sim, não sei viver sem questionar a vida.
Literário? Sim, não vejo sentido se não tiver leituras saciantes.
E ninguém me convence de nada se eu não quiser, ou achar motivos.
Segundo Pitágoras, o 7 é um número perfeito e poderoso.
Pois a soma dele, que é o 3 é o espírito e o 4 é a matéria.
Isso combina com a minha paixão pelo desconhecido.
O que mais? Intuição, pensamento, esoterismo, psicologia, espiritualidade,
Me encontro todos os dias comigo a sós.
Desejando sempre ter esse momento,
em meio a tantos pensamentos de outras pessoas
que invadem minha mente e tecem lá.
mas eu sei extrair o bom até daquilo que não presta.
Pois segundo ser o número 7 é querer sempre mais
e não se contentar com qualquer resposta.
A meu ver não existem respostas universais,
senão não existiriam tantos críticos literários para um único assunto,
enquanto houver vertentes esmagadoras de outras vertentes
ali estarei.