Terra das palmeiras
Há um ano atrás, voltava para um país que eu não conhecia mais.
Em protesto ao governo corrupto, o cidadão demonstrava sua revolta em meio a grama verde do congresso que virava palha. A coitada mal respirava debaixo dos homens vestidos de preto que queimavam tudo que viam pela frente. Por culpa da insegurança, um linchamento era aplaudido por uma sociedade sádica que procura solução com as próprias mãos, mas que, na urna... fez errado.
Tão errado. Mas na fila do pão, comentavam que não tinham em quem votar. Voto nulo seria a melhor opção. Mas e se a prioridade fosse a educação? Essa aí congelou.
E se naquela quarta-feira sob a terra das palmeiras, o almirante Cabral tivesse dado meia volta sem ver a dança Tupiniquim... Esse Brasil não teria mais o abraço apertado. O céu estrelado que convida o sorriso entrelaçado de toda uma nação, que vi raras vezes lá fora.
Mas e se a Lei de Talião "olho por olho e dente por dente" fosse extinta... Sem qualquer hierarquia, gente patrimonialista e fatalista que se apoia na quebra de corrupção pelo jeitinho brasileiro. Gente que não é mais a favor da censura, que luta pela oportunidade de alta escolaridade num país democrático. Que abandona a cordialidade e já não mais aceita a terra das impossibilidades...
Se o brasileiro soubesse o quanto faz o Brasil.