Desatando os nós
Dificuldade em aceitar as coisas, em compreender os fins e os sentimentos que eles despertam em mim. A incompreensível necessidade de estabilidade, de compromisso e lealdade, atitudes que por vezes duvido saber eu responder. As tentativas de encontro com o desencontro de mim mesma, buscando uma adequação mágica ao que é esperado.
Cansei! Cansei de buscar, de lutar, de implorar! Cansei de me ver prostrada e eternamente à espera de um milagre, um carinho, um amor. Enquanto tantos gestos sublimes passam despercebidos e em mim perdidos, pela falta de valorização, enquanto a supervalorização de gestos pequenos e insignificantes inverte o jogo de prioridades e lealdades.
Quero os pesos e os julgamentos necessários! Com a verdade e fugacidade que as coisas devem ter, além da permanência do que de fato tem e o faz por merecer.
Posso enfrentar as dores de largar mãos e apegos que desconsideraram meus sentimentos, me trouxeram anulação e se tornaram mera dependência, frágil e desesperada por um retorno sem eco e veracidade.
Preciso da verdade das palavras, a firmeza das atitudes e a beleza de sonhos realizáveis. Processo construído e desconstruído quantas vezes forem necessárias, com a intensidade e imersão possíveis dentro de um percurso que é facilitado com as mãos dadas, cabeças erguidas e sorriso na cara. Não pela ausência de tristezas e fragilidades, mas pela certeza do bem e harmonia que o outro traz.