O PALCO DA VIDA

Momentos de placidez vem desenevoando a memória... lembranças passadas. Talvez pô-las em páginas será como expurgar amargas passagens na vida. Pensando no assunto são muitos flashes de uma vida insípida, porém sem muita noção disso. Hoje percebo a imaturidade, uma certa inocência, um temor de decidir para não ferir outrem. Perceber quem mais se feriu foi você mesmo. Não doí pensar nos fatos, porém causa desconforto perceber vive-los tanto tempo. Que não viveu para si e sim para os outros. Vivendo uma ilusão de dias melhores que nunca chegaram, e perceber hoje o tempo perdido que poderia ter sido uma outra história de vida. Talvez feliz! Enumerar todas as lembranças fatalmente virão páginas e páginas de assuntos oras bons oras ruins,Digamos que de alguma forma, tentei que fossem boas... embora sofridas. Olhando para as pessoas constato que ninguém sabe dos antepassados. As histórias de vida dos que nos cercaram na caminhada da vida. O que sabemos? Só o que querem que saibamos! As dores... amargores... renúncias. Tantas outras formas de sentimentos vividos pelos antepassados... pais... avós. Enfim! Se fossemos contar tudo que sentimos aos nossos filhos, o que passamos... sofremos... quem pensamos nos amar. Destruiria a imagem do heroí ou heroína de suas vidas. Viver é um palco onde passamos a existência representando, mentindo, fingindo, enganando a nós mesmos e ao outro. Infelizmente o fim da jornada se faz presente e ficará oculto para geração familiar, história do antecessor da sua árvore genealógica. Talvez fotos! Imagens! De raros momentos agradáveis e falsamente felizes. Não há amargor! Há constatação de uma vida que poderia ter sido diferente. Quem vai saber? Nunca saberei! Esse sentimento de simplesmente nasci... vivi... morri. Será que amei? Será que me amaram? Nunca vou saber! Porque nem percebi somente fui vivendo as situações, as frustrações, minhas dores.