Difícil escolha entre; o Ser e o não Ser
Desde muito cedo aprendi a duras penas o que é ser educado da forma considerada certa, mesmo tendo como educadores diferentes pais. Digo isso porque o meu pai biológico eu mal conheci já que o mesmo faleceu quando eu tinha apenas cinco anos de idade, tomando para si a incumbência de continuar na dura tarefa de me educador o meu avô paterno e esse, até quando pode o fez com maestria.
Ato contínuo a sua não condição de dar andamento nessa árdua missão, passei aos cuidados de um tio do qual guardo até os dias de hoje em minha memória a mais doce lembrança de um verdadeiro genitor, mesmo que não físico, mas sempre presente em todos os momentos mais necessários de minha vida. Mas como tudo na vida tem que ter uma continuidade, eis que chegou a minha vez de saber como é ser um pai. Confesso que tentei passar a meus rebentos tudo o que apreendi de bom e também os alertando para aquilo que não deveriam fazer, apesar de conhecer, aquilo que desmerece o bom comportamento de um verdadeiro cidadão. Procurando passar-lhes honestidade, amor, espaço entre os seres, cordialidade e respeito, dando a este último item por mim citado, o respeito uma importância maior, principalmente em relações aos entes mais velhos, condesso que falhei.
Não falhei num todo, mas talvez em parte e a culpa é toda minha. Gostaria muito até os dias finais de minha breve estadia aqui na Terra de ainda poder consertar isso, não vai ser nada fácil, mas como nunca fui de desistir naquilo que acredito, unirei forças para realizar quem sabe, a minha última tentativa de ser lembrado como um bom pai.
Se for para escolher entre, Ser e o não Ser, prefiro ainda ficar com o Ser, Ser um bom pai.