POETISA x POETA

Quanta sintonia

ao lado de tanta covardia!

Quanta falta você me faz,

quanta falta eu te faço...

Um sutil e ligeiro abraço

já me deixaria no êxtase

que ninguém mais, me proporciona.

Por quê?

Porque os outros são os outros...

e eu, com tão pouco que vem de ti, me abasteço!

Porque minha alma é tua...

... e tua alma é minha.

E elas, sobriamente,

se incumbem das delícias maiores

que são nossos momentos.

Momentos que, se antes eram marcados,

avisados... hoje são predestinados!

Algo superior a mim e a ti,

nos tange, como que a gritar no peito,

sem compaixão nem piedade, mas... em linhas paralelas.

Algo nos nega um direito quase sagrado...

Nos leva a nos redimirmos de um erro que não praticamos...

De um direito que não usufruímos!

Hoje, sim, seria traição, mas, antes,

ninguém traiu ninguém!

Acredito que só a nós dois,

Deus concedeu o dom da onipresença,

porque o nosso amor, longe de ser cego, é visivelmente transcendente

ao tempo e às intempéries da vida.

Tua essência de poeta

que sabe desconversar ou conversar com todas,

para chegar a mim, me desconcerta, pois,

tu és 'meu' querido poeta!!

Acautelem-se, portanto, todas as outras!

Da poetisa mais amada do mundo!!

CaminheirA

13/11/16

CaminheirA
Enviado por CaminheirA em 13/11/2016
Reeditado em 17/11/2016
Código do texto: T5822275
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.