NADA!

Ultimamente não tenho sentido as coisas que penso como gostaria. Apenas penso sobre elas...

E, sinceramente, enfrento com suavidade todo esse pensar sem sentido. Sem sentir...

Talvez haja alguma autonomia no sentir, ou talvez haja um esgotamento do pensar.

Talvez, seja como um desgaste das engrenagens das catracas do tempo para as contagens de quem passa por mim... de quem fica... de quem entra... quem sai...

Talvez eu não seja mais um sentidor...

Mas, o incômodo não é a existência de todo esse talvez...

É esse observar-me sobre pensar, em sentimentos, e calado.

É essa observação de pensar em não sentir...

É esse pensar o não sentir...

Como quem observa criarem uma nova engrenagem e nem reage...

Como uma catraca inútil, a qual te saltam e não se sente...

Como quem inerte se deixar esquecer...

Como quem não ousa entender...

Como quem não diz nada...